quinta-feira, 22 de novembro de 2012

33 - 1Q84

33 - Hakuri Murakami; 1Q84; Alfaguara; 2012; 430 páginas – Período de leitura: 21/11/12 - 12/12/12 


Comentário: 
Não sei se passei tempo demais lendo os clássicos ou se só a prosa de Dostoiévski me cativa ou ainda se realmente não gosto de literatura moderna – porque 1Q84 demorou um pouco a me apetecer. Não que ele seja ruim, não é isso, muito pelo contrario ele é ótimo! É que talvez Murakami trabalhe neste livro com um assunto que pra mim já está por demais banalizado: a solidão, tanto que demorei a perceber a mensagem impressa pelo autor. Outra questão é que pelo fato deste livro ser o primeiro de uma trilogia ele funciona mesmo é como uma introdução. Por esta razão a coisa demore um pouco a acontecer, por exemplo: já estamos quase no final do livro e Murakami ainda está apresentando os personagens, não que sejam muitos, são apenas dois os principais, porém, o narrador apresenta os personagens com uma riqueza de detalhes que você passa a conhecê-los tão bem quanto a membros de sua própria família. Com isso os personagens demoram um pouco se cruzar, (na verdade isto nem acontece neste livro), e suas tramas a deslanchar. No entanto quando este encontro está próximo de acontecer, já quase ao final do livro, você até desconsidera o elemento fantástico que contém o livro de tanta expectativa de que a trama se resolva, ao que parece, não acontecerá tão cedo.  


Sinopse da editora:
“Murakami é como um mágico que explica o que está fazendo conforme apresenta o truque, e mesmo assim faz parecer que tem poderes sobrenaturais (...) Qualquer um pode contar uma história que se pareça com um sonho, mas é raro o artista, como ele, que nos faz sentir como se nós mesmos a estivéssemos sonhando.” – The New York Times Book Review

“Murakami é um gênio.”– Chicago Tribune

“Brilhante (...) Murakami possui muitas dádivas, mas a principal delas é um dom quase sobrenatural para contar histórias dotadas de suspense.” – The Washington Post

"1Q84 é o livro mais ambicioso de Haruki Murakami, fenômeno da literatura contemporânea. A obra esteve no topo das listas de mais vendidos no mundo inteiro e, só no Japão, ultrapassou a marca de 4 milhões de exemplares vendidos. Dividido em três partes, o romance foi muito elogiado pela crítica e considerado um dos melhores livros de 2011 tanto pelo New York Times quanto pelo Washington Post.

Assumidamente inspirado na obra-prima de George Orwell, o título se situa no ano de 1984. No primeiro volume, Murakami apresenta Aomame, uma mulher que esconde a profissão de assassina. Em uma tarde no início de abril, ela está parada num táxi, em meio ao trânsito de uma via expressa de Tóquio. Temendo não chegar a tempo de resolver uma pendência no bairro de Shibuya, ela se vê diante de uma opção inusitada proposta pelo motorista: descer do veículo e seguir por uma escada de emergência em plena avenida.

Apesar de um estranho aviso do taxista, que diz que as coisas à volta dela se tornarão estranhas ao fazer algo tão incomum, Aomame segue a sugestão inicial. Após descer a escada de emergência e seguir seu caminho, ela repara aos poucos que certos aspectos da realidade se tornaram diferentes: por exemplo, as armas utilizadas pelos policiais não são mais pistolas e as manchetes nos jornais são completamente distintas em relação às que ela havia lido nos últimos dias.

Em paralelo à trama de Aomame, o professor de matemática e aspirante a escritor Tengo se envolve em um misterioso projeto de refazer um romance escrito por uma menina de 17 anos. Apesar do receio em assumir o papel de escritor fantasma de Crisálida no ar, um livro fantasioso e enigmático mas cheio de pequenos defeitos, ele se convence a realizar a tarefa. Mas, para isso, deve conhecer antes a autora, uma estranha jovem chamada Fukaeri.

À medida em que as histórias vão se alternando, Aomame continua a perceber diferenças sutis na realidade. Ela se dá conta que, ao descer a escada de emergência da via expressa, passou de alguma forma a habitar um mundo discretamente distinto – que acaba batizando de 1Q84. Já Tengo, aos poucos, passa a reparar em estranhas semelhanças entre a ficção fantasiosa de Fukaeri e a realidade, além de perceber que parece correr algum tipo de perigo quando se vê envolvido com uma misteriosa seita. De forma alternada, Murakami narra duas histórias que aos poucos convergem.

O autor afirma que a inspiração para escrever este e outros sucessos de público e crítica vem da observação da realidade. 1Q84 faz jus ao gênio de Murakami, entrelaçando as histórias e os dramas de Aomame e Tengo, além das estranhas distorções que vão se infiltrando em suas vidas. Ele mescla suspense e distopia numa saga pós-moderna, com mundos paralelos, assassinatos e estranhas seitas. Ao final, o autor constrói uma trilogia que fala de amor, abandono e mistérios que desafiam os limites do real."

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