segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

36 - A aldeia de Stepántchikovo e seus habitantes

36 - Fiódor Dostoiévski; A aldeia de Stepántchikovo e seus habitantes; Editora 34; 2012; 352 páginas – Período de leitura: 23/12/12 - 05/01/13 

Comentário: 
Em A aldeia de Stepántchikovo e seus habitantes, Dostóievski é perspicaz quando brinca com valores e costumes de sua época como a servidão, a divisão de classes e o sistema de patentes russo. Com muita ironia e sagacidade Dostóievski cria personagens caricatos, grandiosos e por vezes déspotas ou subservientes, e como se já não bastasse pela grandeza dos personagens, constrói uma trama intrincada de relações entre pessoas em que nada é o que parece ser. 

A aldeia de Stepántchikovo e seus habitantes inicialmente foi idealizada como uma peça depois passou a ser um romance cômico, mas na minha opinião esta obra é uma verdadeira ópera por ser teatral, por sua comédia e composição dramática, basta adicionarmos uma orquestra sinfônica tenores e sopranos...



Sinopse da editora:
"Publicado em 1859, o romance A aldeia de Stepántchikovo e seus habitantes marcou a volta de Dostoiévski ao mundo da literatura após quase dez anos de exílio na Sibéria. Idealizada primeiramente como uma peça, a obra revela uma faceta cômica do autor, inspirada tanto nos textos como na figura de Gógol. Essa referência aparece não apenas na ambientação, mas também no memorável personagem de Fomá Fomitch Opískin - segundo Thomas Mann, "uma criatura cômica de primeira grandeza, irresistível, equiparável às de Shakespeare e Molière" -, o antigo bufão que passa a tiranizar, de maneira a mais absurda, a casa em que vive como agregado.
Neste livro em que Dostoiévski diz ter colocado "sua alma, sua carne e seu sangue", o jovem narrador Serguei Aleksándrovitch, levado ao ambiente extravagante da propriedade de seu tio, encontra ali uma espécie de micromundo farsesco, cheio de tramas e complôs, no qual cada personagem assume uma voz distinta. Prova do humor inusitado de Dostoiévski, A aldeia de Stepántchikovo traz vários dos ingredientes essenciais de sua poética, bem como a inesquecível galeria de tipos humanos que povoam sua literatura - e que encontraram nos desenhos de Darel Valença Lins uma tradução gráfica da mais alta qualidade."
Sobre o autor:
"Fiódor Mikháilovitch Dostoiévski nasceu em Moscou a 30 de outubro de 1821, e estreou na literatura com Gente pobre, em 1844. Após ser preso e condenado à morte pelo regime czarista em 1849, teve sua pena comutada para quatro anos de trabalhos forçados na Sibéria, experiência retratada em Recordações da casa dos mortos (1861). Após esse período, escreve uma sequência de grandes romances, como Crime e castigo e O idiota, culminando com a publicação de Os irmãos Karamázov em 1880. Reconhecido como um dos maiores autores de todos os tempos, Dostoiévski morreu em São Petersburgo, a 28 de janeiro de 1881."
Sobre o tradutor:
"Lucas Simone nasceu em São Paulo, em 1983, e formou-se em História pela Universidade de São Paulo. É professor de língua russa e tradutor, tendo publicado a peça Pequeno-burgueses e A velha Izerguil e outros contos, ambos de Maksim Górki (Hedra, 2010). Traduziu ainda os contos "A sílfide", de Odóievski; "O inquérito", de Kuprin; "Ariadne", de Tchekhov; "Vendetta", de Górki; e "Como o Robinson foi criado", de Ilf e Petrov, para a Nova antologia do conto russo (1792-1998), organizada por Bruno Barretto Gomide (Editora 34, 2011)."
Sobre o ilustrador:
"Darel Valença Lins nasceu em Palmares, PE, em 1924. Em 1941 transfere-se para o Recife, onde trabalha no Departamento Nacional de Obras e Saneamentos e frequenta a Escola de Belas Artes. Em 1946 é transferido pelo DNOS para o Rio de Janeiro. Nesta cidade cursa gravura em metal no Liceu de Artes e Ofícios, tendo como professor Henrique Oswald, e trava amizade com artistas como Marcelo Grassmann, Lívio Abramo e Oswaldo Goeldi, além do escritor Lúcio Cardoso. Na década de 1950, passa a lecionar litografia na Escola Nacional de Belas Artes e inicia intensa atividade como ilustrador em livros, jornais e revistas. Com vários prêmios no currículo, como o Prêmio de Viagem ao Exterior do Salão de Arte Moderna de 1957 e o Prêmio de Melhor Desenhista Nacional na VII Bienal de São Paulo de 1963, Darel vive hoje no Rio de Janeiro, onde mantém seu ateliê."

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

35 - Literatura Brasileira - Modos de usar


35 - Luís Augusto FischerLiteratura Brasileira - Modos de usar; LP&M; 2008; 144 páginas – Período de leitura: 20/12/12 - 23/12/12 

Comentário:
O que me levou a ler este pequeno guia foi a sensação de que não conheço e tenho que ler mais literatura brasileira. – com certeza muitos brasileiros devem ter a mesma sensação alguma vez na vida. – Não que não tenha lido..., tive o prazer de ler Os Sertões de Euclides da Cunha, o clássico dos clássicos, um dos melhores e mais completos livros que já li, para mim o ponto máximo da literatura e da alma brasileira. Li também de tradição mais intimista o excelente Ateneu de Raul Pompéia e, Noite na Taverna/Macário do ultra romântico Alvares de Azevedo, o Maneco, entre outros.

Sinopse da editora:
"Você leu Machado de Assis na escola e não gostou? Não chegou nem sequer à metade de Grande sertão: veredas? Se arrepia só de ouvir a palavra "arcadismo" e acha que "literatura brasileira" é sinônimo de algo enfadonho?
Saiba que você não está só e que há, sim, maneiras de desfrutar o melhor que o Brasil oferece em matéria de romances, contos, poemas e crônicas. Como diz Luís Augusto Fischer na apresentação, este livro é destinado ao "sujeito disposto a ler mais e melhor." Ou seja: muito mais do que apenas para professores e estudantes, Literatura brasileira: modos de usar é para todos aqueles que por alguma razão não leram os livros decisivos produzidos por autores brasileiros, que não sabem por onde começar e não têm tempo a perder. Sem se ater a classificações simplistas, Fischer – professor com larga experiência no riscado – abre os olhos do leitor para os pontos mais interessantes dessa que é das nossas mais ricas formas de expressão.
Com um estilo tão pessoal quanto cristalino, despojado de academicismos e que parece um bate-papo entre amigos, o autor revela as principais vertentes da cultura escrita brasileira e ilumina a trajetória de escritores e movimentos – fornecendo ao leitor pontos de apoio a partir dos quais se localizar. Literatura brasileira: modos de usar – um verdadeiro companheiro de viagem, uma forma deliciosa de se inteirar da cultura do país."




quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

34 - Aventuras inéditas de Sherlock Holmes


34 - Sir Arthur Conan Doyle; Aventuras inéditas de Sherlock Holmes; LP&M; 2010; 248 páginas – Período de leitura: 12/12/12 - 19/12/12 

Comentário:
A escrita,... à forma como Sir Arthur Conan Doyle escreve é sem dúvida perfeita, ela possui algo que é muito atraente. É aquele tipo de escrita que te leva a continuar lendo, mais e mais, até a última letra da ultima página. Bom, não foi à toa que Sir Conan Doyle concebeu umas das maiores personalidades, o mundialmente conhecido Sherlock Holmes. Na verdade foi à toa sim, foi quase sem querer que Sherlock Holmes foi concebido. Até porque essa idéia não era tão original assim. Foi pensando em C. Auguste Dupin criado por Edgar Allan Poe, um detetive com ajudante e tudo que resolvia seus casos usando método dedutivo que nasceu Sherlock Holmes. Porém Sir Conan Doyle escreveu sobre Sherlock Holmes com tamanha maestria que chegou a ser confundido varias e varias vezes com sua própria criação.

Histórias contidas neste volume:
"A verdade sobre Sherlock Holmes"
"O mistério da casa do tio Jeremy"
"Bazar no campus"
"O caso do homem dos relógios"
"O caso do trem desaparecido"
"O caso do homem alto"
"Os apuros de Sherlock Holmes"
"O caso do homem procurado"
"Alguns dados pessoais sobre Sherlock Holmes"
"O caso do detetive da coroa"
"O diamante da coroa"
"O aprendizado de Watson"

Apêndice
"Uma morte espetaculosa"
"O mistério de Sasassa Valley"
"Minhas aventuras favoritas de Sherlock Holmes"

Sinopse da editora:
“Os fãs do maior detetive da literatura mundial encontrarão neste livro doze histórias de Sherlock Holmes que normalmente não constam da obra de Arthur Conan Doyle com o seu mais famoso personagem. Peter Hanning, especialista em Sherlock Holmes, defende que Conan Doyle (1859-1930) nos legou, além de quatro novelas protagonizadas por Holmes, não apenas cinqüenta e seis contos, mas sessenta e oito contos no total. São essas doze histórias "extras" que o sherlockiano compilou, organizou e que compõem Aventuras inéditas de Sherlock Holmes. Os contos são verdadeiras histórias de aplicação da lógica dedutiva à solução de crimes e mistérios, à la Sherlock. São eles: A verdade sobre Sherlock Holmes, O mistério da casa do tio Jeremy, Bazar no campus, O caso do homem dos relógios, O caso do trem desaparecido, O caso do homem alto, Os apuros de Sherlock Holmes, O caso do homem procurado, Alguns dados pessoais sobre Shelock Holmes, O caso do detetive medíocre e O aprendizado de Watson. As histórias são acompanhadas pela peça em um ato O diamante da coroa, que nos mostra Holmes e Watson no inusitado formato teatral.Hanning, o organizador, lançou mão do mesmo espírito investigativo do protagonista para, em uma deliciosa introdução, esmiuçar cada uma das histórias, contextualizando-as dentro da obra do autor e justificando a sua pertinência no total de títulos com o célebre detetive, trazendo à tona informações e curiosidades sobre aquele que é um dos três personagens mais conhecidos da literatura inglesa, junto a Hamlet, de Shakespeare, e Robinson Crusoé, de Daniel Defoe."

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

33 - 1Q84

33 - Hakuri Murakami; 1Q84; Alfaguara; 2012; 430 páginas – Período de leitura: 21/11/12 - 12/12/12 


Comentário: 
Não sei se passei tempo demais lendo os clássicos ou se só a prosa de Dostoiévski me cativa ou ainda se realmente não gosto de literatura moderna – porque 1Q84 demorou um pouco a me apetecer. Não que ele seja ruim, não é isso, muito pelo contrario ele é ótimo! É que talvez Murakami trabalhe neste livro com um assunto que pra mim já está por demais banalizado: a solidão, tanto que demorei a perceber a mensagem impressa pelo autor. Outra questão é que pelo fato deste livro ser o primeiro de uma trilogia ele funciona mesmo é como uma introdução. Por esta razão a coisa demore um pouco a acontecer, por exemplo: já estamos quase no final do livro e Murakami ainda está apresentando os personagens, não que sejam muitos, são apenas dois os principais, porém, o narrador apresenta os personagens com uma riqueza de detalhes que você passa a conhecê-los tão bem quanto a membros de sua própria família. Com isso os personagens demoram um pouco se cruzar, (na verdade isto nem acontece neste livro), e suas tramas a deslanchar. No entanto quando este encontro está próximo de acontecer, já quase ao final do livro, você até desconsidera o elemento fantástico que contém o livro de tanta expectativa de que a trama se resolva, ao que parece, não acontecerá tão cedo.  


Sinopse da editora:
“Murakami é como um mágico que explica o que está fazendo conforme apresenta o truque, e mesmo assim faz parecer que tem poderes sobrenaturais (...) Qualquer um pode contar uma história que se pareça com um sonho, mas é raro o artista, como ele, que nos faz sentir como se nós mesmos a estivéssemos sonhando.” – The New York Times Book Review

“Murakami é um gênio.”– Chicago Tribune

“Brilhante (...) Murakami possui muitas dádivas, mas a principal delas é um dom quase sobrenatural para contar histórias dotadas de suspense.” – The Washington Post

"1Q84 é o livro mais ambicioso de Haruki Murakami, fenômeno da literatura contemporânea. A obra esteve no topo das listas de mais vendidos no mundo inteiro e, só no Japão, ultrapassou a marca de 4 milhões de exemplares vendidos. Dividido em três partes, o romance foi muito elogiado pela crítica e considerado um dos melhores livros de 2011 tanto pelo New York Times quanto pelo Washington Post.

Assumidamente inspirado na obra-prima de George Orwell, o título se situa no ano de 1984. No primeiro volume, Murakami apresenta Aomame, uma mulher que esconde a profissão de assassina. Em uma tarde no início de abril, ela está parada num táxi, em meio ao trânsito de uma via expressa de Tóquio. Temendo não chegar a tempo de resolver uma pendência no bairro de Shibuya, ela se vê diante de uma opção inusitada proposta pelo motorista: descer do veículo e seguir por uma escada de emergência em plena avenida.

Apesar de um estranho aviso do taxista, que diz que as coisas à volta dela se tornarão estranhas ao fazer algo tão incomum, Aomame segue a sugestão inicial. Após descer a escada de emergência e seguir seu caminho, ela repara aos poucos que certos aspectos da realidade se tornaram diferentes: por exemplo, as armas utilizadas pelos policiais não são mais pistolas e as manchetes nos jornais são completamente distintas em relação às que ela havia lido nos últimos dias.

Em paralelo à trama de Aomame, o professor de matemática e aspirante a escritor Tengo se envolve em um misterioso projeto de refazer um romance escrito por uma menina de 17 anos. Apesar do receio em assumir o papel de escritor fantasma de Crisálida no ar, um livro fantasioso e enigmático mas cheio de pequenos defeitos, ele se convence a realizar a tarefa. Mas, para isso, deve conhecer antes a autora, uma estranha jovem chamada Fukaeri.

À medida em que as histórias vão se alternando, Aomame continua a perceber diferenças sutis na realidade. Ela se dá conta que, ao descer a escada de emergência da via expressa, passou de alguma forma a habitar um mundo discretamente distinto – que acaba batizando de 1Q84. Já Tengo, aos poucos, passa a reparar em estranhas semelhanças entre a ficção fantasiosa de Fukaeri e a realidade, além de perceber que parece correr algum tipo de perigo quando se vê envolvido com uma misteriosa seita. De forma alternada, Murakami narra duas histórias que aos poucos convergem.

O autor afirma que a inspiração para escrever este e outros sucessos de público e crítica vem da observação da realidade. 1Q84 faz jus ao gênio de Murakami, entrelaçando as histórias e os dramas de Aomame e Tengo, além das estranhas distorções que vão se infiltrando em suas vidas. Ele mescla suspense e distopia numa saga pós-moderna, com mundos paralelos, assassinatos e estranhas seitas. Ao final, o autor constrói uma trilogia que fala de amor, abandono e mistérios que desafiam os limites do real."

32 - Viagem ao centro da terra


32 - Julio Verne; Viagem ao centro da terra; LP&M; 2012; 60 páginas – Período de leitura: 20/11/12 - /11/12 


Comentário:
Em A viagem ao centro da terra o fantástico e o imaginário funde-se à teorias cientificas com extrema maestria e veracidade como só o francês Julio Verne poderia concebe-las. Esta adaptação para quadrinhos – infinitamente adaptada tanto para a literatura como para o cinema - trás ao seu final um dossiê sobre o autor, sua época e sua obra. E é  fortemente baseada no texto original com seus personagens e situações.  

Sinopse da editora:
Tradução de Alexandre Boide
Adaptação e roteiro: Curd Ridel
Desenhos: Frédéric Garcia
Cores: Jacky Robert

"Quando o professor Lidenbrock encontrou um velho manuscrito islandês perdido em uma loja de livros usados em Hamburgo, imaginou que faria um mergulho profundo na crônica dos príncipes nórdicos da Idade Média. Perdido dentro do livro, porém, havia um bilhete de um cientista do século XVI que prometia a possibilidade de uma exploração a profundidades inimagináveis: em uma breve mensagem criptografada, Arne Saknussemm afirmava ter descoberto uma rota para o centro da Terra.

Junto com seu sobrinho Axel e seu guia islandês Hans, o professor embarca em uma expedição secreta na qual, camada por camada, os primórdios da vida no planeta são revelados com a maestria e riqueza de detalhes características de Júlio Verne. Publicado em 1864, quando a geologia dava os primeiros passos como ciência reconhecida e respeitada, Viagem ao centro da Terraensinou a toda uma geração que a grande aventura da vida está escrita bem debaixo de nossos pés, e até hoje continua exercendo fascínio sobre leitores e espectadores de todas as idades."

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

31 - Um conto de natal


31 Charles Dickens; Um conto de natal; LP&M; 2012; 60 páginas – Período de leitura: 18/11/12 - 20/11/12

Comentário: 

Versão em quadrinhos deste romance que originalmente foi escrito no prazo de um mês para saldar dívidas e acabou tornado-se um dos maiores clássicos natalinos de todos os tempos originando uma série de contos de muito sucesso.
Charles Dickens é
 autor de obras grandiosas como: Oliver Twist, David Copperfield, Grandes esperanças, etc.


Sinopse da editora:

Tradução de Alexandre Boide
"Incluindo estudo sobre o autor, sua época e sua obra
Ebenezer Scrooge é um homem avarento e solitário.Odeia o Natal e tudo o que ele representa. Ignora familiares, empregadose não sabe o que é compaixão. Mas a aparição de um visitante-fantasma o fará repensar seu comportamento e despertará sentimentos aparentemente adormecidos.
Ambientada numa Londres gelada, às vésperas do esperado 25 de dezembro,Um conto de Natal é uma das mais belas e conhecidas histórias do gênero. Escrita às pressas em 1843 para pagar as dívidas de seu autor, Charles Dickens (1812-1870), foi um sucesso imediato de público e crítica. Por meio dessa sátira social – adaptada diversas vezes ao cinema –, Dickens teve um papel fundamental no resgate do espírito de bondade e solidariedadedas tradições natalinas.
A coleção:
A coleção de clássicos em HQ reúne títulos que fazem parte do patrimônio literário mundial. Adaptadas para o universo dos quadrinhos por uma equipe de renomados roteiristas e ilustradores belgas e franceses, as edições oferecem um rico painel sobre o autor e a obra, aliando a tradição dos clássicos à linguagem original dos quadrinhos.
É um coleção espetacular, publicada originalmente pela Editora Glénat com o apoio da UNESCO, órgão cultural da ONU que só chancela projetos de alto valor pedagógico."

30 - A Ilha do tesouro


30 Robert Louis StevensonA Ilha do tesouro; LP&M; 2012; 60 páginas – Período de leitura: 16/11/12 - 18/11/12

Comentário: 

Mais um volume desta coleção de clássicos da literatura em quadrinhos. Os livros são de capa dura, lindamente ilustrados e adaptados. E a historia? – As historias são clássicos universais da literatura.


Sinopse da editora:
Tradução de Alexandre Boide

"A ilha do tesouro é o segundo volume da série Clássicos da literatura em quadrinhos. Com adaptação e roteiro de Christophe Lemoine, desenhos de Jean-Marie Woehrel e cores de Patrice Duplain, o clássico de Robert Louis Stevenson ganha uma versão em HQ. O lindo livro em capa dura oferece 60 páginas, todas coloridas, e que traz ainda, no final, um completo dossiê, contextualizando o clássico com informações detalhadas sobre o autor, sua época e sua obra. 

A coleção é um grande sucesso na França e na Bélgica, formada por adaptações de alguns dos principais clássicos da literatura mundial. O objetivo é oferecer um livro que encante todos os leitores e que seja direcionado também para estudantes. Aliás, este caráter pedagógico fez com que a coleção ganhasse total apoio da UNESCO.

A ilha do tesouro conta a história de quando um misterioso marinheiro morre em circunstâncias estranhas numa pousada e o jovem Jim Hawkins acaba se deparando com um baú que pertence ao homem. Dentro dele há um mapa indicando o caminho de um valioso tesouro. Mas Jim logo percebe que não é o único a saber da existência do mapa, e sua bravura e astúcia são postas à prova. 
Na companhia de Squire Trelawney e do doutor Livesey, Jim embarca no navioHispaniola e parte para uma perigosa aventura em meio a ardilosos piratas. Esta história de traição e heroísmo é também uma alusão à passagem da infância para a idade adulta, à perda da inocência. Diante de situações assustadoras, Jim passa a conhecer seus defeitos e seus limites, mas também sua coragem. A ilha do tesouro foi um sucesso imediato quando da sua publicação, em 1883, e continua sendo uma das maiores histórias de aventura da literatura."

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

29 - Calvin & Haroldo - Os dias estão todos ocupados

29 - Bill Watterson; Calvin & Haroldo - Os dias estão todos ocupados; Conrad; 2012; 176 páginas – Período de leitura: 14/11 /12 - 16/11/12

Comentário: 
 Mais outra ótima influência de minha filha. Não dá para acreditar que um simples livro, composto somente de tirinhas, tenha tanta politica, filosofia e principalmente existencialismo, tudo isso misturado a um humor manifesto e irônico, digno de um garoto de seis anos sarcástico e deveras inteligente

Sinopse da editora:
"A Conrad continua a publicação completa das histórias de Calvin e Haroldo com o álbumOs dias estão todos ocupados , nono título da série que sai pela editora.

Criada em 1985, a tirinha foi publicada diariamente, durante dez anos, em mais de 2.400 jornais ao redor do mundo. Os álbuns publicados por Bill Watterson, criador da dupla, venderam mais de 30 milhões de cópias. A tirinha conta a história de Calvin, um garoto hiperativo de 6 anos cujo maior amigo é o tigre de pelúcia Haroldo - que ganha vida quando não existe nenhum adulto por perto. Ao lado das fantasias e brincadeiras da dupla, surgem questões sobre política, cultura, sociedade e a relação de Calvin com seus pais, colegas e professores, com a sabedoria que os tolos adultos só conseguem traduzir como ingenuidade. "

Bill Watterson:
"Nascido em 5 de julho de 1958 em Washington, EUA, Bill Waterson ficou famoso mundialmente como o criador da tirinha Calvin & Haroldo. Formado em Ciências Políticas, trabalhou durante seis meses como chargista político no jornal Cincinatti Post. Inspirado em Charles Schulz, começou a publicar as tirinhas de Calvin e seu inseparável tigre de pelúcia em 18 de novembro de 1985 - e parou no dia 31 de dezembro de 1995. Ganhou duas vezes o Reuben Awards, principal prêmio para cartunistas norte-americanos. Waterson também é conhecido por ser relutante no licenciamento de produtos relacionados a Calvin e Haroldo - não existem canecas nem lancheiras oficiais de Calvin, por exemplo."

28 - O retrato


28 - Nicolai Vassilievitch Gogol; O retrato; LP&M; 2012; 64 páginas – Período de leitura: 12/11 /12 - 14/11/12

Comentário: 


Este livro me assusta, não o livro a história em si, mas a coleção que a LP&M criou. Livros de 60 páginas a R$ 5,00. Não sei se isto é bom ou ruim, desejo que há de ser bom, livros a preço pra lá de populares, como este clássico de Gogol, um dos pioneiros da literatura moderna, inspiração para ninguém menos que Fiódor Dostoiévski. 
- Gógol influenciou o caminho de ambos. "Todos nós saímos do Capote de Gógol", reconheceu Dostoiévski.


Só não lê quem não quer!...

Sinopse da editora:



"Imaginativos e atemporais, os contos de Gogol permanecem atuais­ e significativos hoje como eram para os leitores de outras gerações. Suas histórias são admiradas pela perfeita combinação entre fantasia e realidade com toques de humor, aliadas ao uso de detalhes do cotidiano para extrair o “extraordinário do ordinário”.­ Esses elementos estão presentes em “O retrato”, uma soberba reflexão sobre a vida e a arte.



Renovador e vanguardista, Gogol trouxe para a literatura russa o realismo fantástico e escreveu algumas obras-primas do conto universal. Os contos “O retrato” e “O capote” são algumas das peças mais expressivas da vertiginosa obra do autor."

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

27 - Contos de horror do século XIX


27 - Alberto Manguel; Contos de horror do século XIX; Cia das Letras; 2005; 522 páginas – Período de leitura: 02/10 /12 - 11/11/12

Comentário:

É através de livros como este que, venho formulando há algum tempo um dogma um tanto estranho de que: o mal não é tão mal assim... e que podemos experimenta-lo sem medo! Na forma de arte. Um tanto estranho?... pois a sociedade – tanto a erudita quanto a de âmbito popular – tem um certo preconceito e vem negligenciado estas historias de horror e seus criadores, mestres indiscutíveis e grandiosos dotados de uma mente inventiva ao extremo, gênios do mesmo patamar de Shakespeare ou Balzac por que não? Mestres como Edgar Allan Poe, Julio Verne, Arthur Conan Doyle, Jack London, só citando aqui os mais famosos. Não é a toa que a maioria dos escritores aqui apresentados são considerados “escritores malditos” ou exclusivos para um público infanto- juvenil. 

São considerados malditos por descreverem o mal com tanta perfeição, como só uma pessoa que cultuasse as trevas poderia descrever; porque brincavam com o grotesco das superstições humanas com ar de zombaria. Enfim, porque conheciam muito bem a mente humana e o que nela se esconde. 

E não precisa ser uma pessoa supersticiosa para ficar com medo de ler esses contos de horror, é possível que até uma pessoa completamente cética gele até os ossos ao lê-los. 

Só a leitura de “a família do vurdalak” já valeu a compra deste livro. Uma história de vampiros escrita em meados do século XIX, completamente cinematográfica, um trailer de horror psicológico vai aumentando o ritmo até o limite da resistência, antes de seu clímax.


Contos

01 – A mão do macaco – W. W. Jacobs;
02 – A família do vurdalak – Aleksei Konstantinovitchi Tolstói;
03 – O cone – H. G. Wells;
04 – Os lábios – Henry St. Clair Whitehead;
05 – A última visita do cavalheiro doente – Giovanni Panini;
06 – A larva – Rubén Darío;
07 – A fera – Joseph Conrad;
08 – A mulher alta – Pedro Antonio de Alarcón;
09 – A janela vedada – Ambrose Bierce;
10 – A volta do parafuso – Henry James;
11 – O chinago – Jack London;
12 – A falsa Esther – Pierre Louÿs;
13 – A tortura pela esperança – Villiers de L’isle Adam;
14 – Frumm-flapp – Jules Verne;
15 – Melück Maria Blainville, a profetisa... – Achim Von Arnim;
16 – Morte na sala de aula – Walt Whitman;
17 – A casa de Bulemann – Theodor Storm;
18 – Halá branco – Lamed Schapiro;
19 – Esperidião – George Sand;
20 – O travesseiro de penas – Horacio Quiroga;
21 – Os fatos no caso do Sr. Valdemar – Edgar Allan Poe;
22 – Uma vendeta – Guy de Maupassant;
23 – A fava – Léon Bloy;
24 – O tarn – Hugh Walpole;
25 – A selvagem – Bram Stoker;
26 – O amigo dos espelhos – Georges Rodenbach;
27 – A aia - Eça de Queiroz;
28 – A flor vermelha – Vsévolod Mikháilovitch Gárchin;
29 – O que foi aquilo? Um mistério – Fitz-James O’brien;
30 – Bárbara, da casa de Grebe – Thomas Hardy;
31 – A casa mal-assombrada – Edith Nesbit;
32 – O cirurgião de Gaster Fell – Arthur Conan Doyle;
33 – O rapa-carniça – Robert Louis Stevenson;


 Sinopse da editora:

"Assim que a noite cai e os contornos diurnos das coisas e das pessoas começam a se confundir, começam igualmente a ceder as muralhas que todos nós erguemos contra o desconhecido. É a hora das sombras furtivas, dos ruídos suspeitos, quando basta um momento de descuido para que nossas apreensões e pesadelos ameacem ganhar presença palpável. É esse o domínio do conto de horror, que flerta com essa zona cinzenta e incerta de nossas vidas e a transforma em literatura.Nesta antologia de Contos de horror do século XIX, o escritor Alberto Manguel reuniu, especialmente para o público brasileiro, a fina flor do medo. Tão antigo quanto a civilização, o conto de horror define suas regras e chega a seu apogeu na literatura anglo-saxônica, na linhagem de escritores que vai da "gótica" Ann Radcliffe a Edgar Allan Poe e H. P. Lovecraft. Mas Manguel não se contenta apenas com os mestres mais conhecidos do gênero, como Henry James, Guy de Maupassant ou Robert Louis Stevenson. Convoca escritores de toda estatura e de várias línguas, do português de Eça de Queiroz ao íidiche de Lamed Schapiro.

Nesse percurso, o leitor transita por todos os ambientes e resvala em todos os motivos do conto de horror: igrejas em ruínas, subsolos pútridos, jardins ermos, prisões e campos de batalha, criaturas invisíveis, mortos-vivos, animais espantosos e espelhos encantados. Tudo isso em sua poltrona preferida, em (relativa) segurança, desfrutando ainda do último charme deste livro: novas traduções de todas as narrativas, cada uma a cargo de um nome expressivo da cultura brasileira contemporânea."

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

26 - Serraria baixo-astral - Coleção Desventuras em Série

26 - Lemony Snicket; Serraria baixo-astral - Coleção Desventuras em Série; Cia das Letras; 2007; 176 páginas – Período de leitura: 29/09/12 - 02/10 /12

Comentário: (aguardando...)

Li este livro por influência de minha filha, e a vontade que tenho é de ler a coleção inteira, (13 livros). A história é bem curtinha, porém trás uma linguagem divertidíssima. O fato desta série agradar todas as idades, apenas comprova que a linguagem usada pelo autor de Desventuras em Série é muito divertida, inteligente e instigante. ...diferente, sem ser nenhum pouco complicada.



Sinopse da editora:
"Na opinião de Lemony Snicket, "de todos os volumes que contam a vida infeliz dos órfãos Baudelaire, Serraria baixo-astral talvez seja o mais triste até agora". Alto-Astral é o nome da serraria que serve de cenário para as novas calamidades que Klaus, Violet e Sunny serão obrigados a viver. Trata-se de uma "ironia do destino", pois ali, no meio daquelas árvores derrubadas, daquelas enormes toras de madeira, o que as três crianças vão encontrar é mais uma coleção de coisas horripilantes, tais como uma gigantesca pinça mecânica, bifes do tipo sola de sapato, uma hipnotizadora e um homem com uma nuvem de fumaça no lugar da cabeça. A vida dos Baudelaire é mesmo muito diferente da vida da maioria das pessoas, "a diferença principal estando no grau de infelicidade, horror e desespero"...Diante desse quadro, algum leitor desavisado pode desconfiar: "Como é que alguém vai se divertir com um livro desses, se as personagens não param de sofrer?!". A pergunta faz sentido, mas é justamente aí que descobrimos um dos melhores segredos de Lemony Snicket, pseudônimo do americano Daniel Handler. Ele leva o exagero às raias do absurdo, faz o realismo perder feio para o mais deslavado faz-de-conta e o resultado não poderia ser outro: um jogo literário incessantemente bem-humorado.

Em 2005, Jim Carrey estrelou uma versão cinematográfica dos três primeiros livros da série, no papel de conde Olaf."

terça-feira, 11 de setembro de 2012

25 - Drácula o vampiro da noite

25 - Bram Stoker; Drácula o vampiro da noite; Martin Claret; 2002; 415 páginas – Período de leitura: 27/08/12 - 29/09/12

Comentário:

Capa ridícula para um clássico não? Pela idade da história, não do livro, deveria ter uma capa preta escrito Drácula em letras góticas...
Fora isso é clássico e não se discute. Não fosse este livro editado em 1897, não teríamos hoje esta enxurrada de livros de vampiro para adolescentes, que só fazem sucesso por plagiarem descaradamente os elementos básicos desta trama.
Elemento interessante, curioso: Drácula o pai de todos os vampiros pode transformar-se em lobo se assim desejar. Este livro é tão bem escrito que mesmo depois de assistir a tantos filmes contando essa mesa história, (Nosferatu de F. W. Murnau; Nosferatu, O Vampiro de Werner Herzog; Drácula de Bram Stoker de Francis Ford Coppola), parece ser a primeira vez que leio este clássico.

Sinopse da editora:

"O romance gótico Drácula (1897) do autor britânico Bram Stoker, narra a história do Conde Drácula, vilão morto-vivo da Transilvânia, que se tornou o típico representante do mito vampiro. Drácula é um clássico da literatura de horror."

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

24 - Fahrenheit 451

24 - Ray Bradbury; Fahrenheit 451; Editora Globo; 2009; 210 páginas – Período de leitura: 15/08/12 - 27/08/12


Comentário: 

A exemplo das outras duas distopias lidas anteriormente, (1984, de George Orwell e Admirável mundo novo de Aldous Huxley), esta de Ray Bradbury é igualmente excelente! É algo estranhamente inusitado sair do lugar comum e mergulhar nesta sociedade onde (pelo menos é o que eu gosto de pensar), eu iria realmente me dar muito mal; e em que os livros são expressamente proibidos e até caçados vasculhando-se casas e revistando-se pessoas. 

Todas as distopias aqui citadas viraram filmes, e vale muito a pena assisti-los. Porém, na minha opinião, funciona muito bem pra quem leu os livros, pois apesar dos filmes serem excelentes, faltam detalhes e explicações que induzem o leitor a ir descobrindo e desvendando gradativamente o enredo.

Sinopse da editora:
Em 1949, George Orwell lançou o livro 1984, mostrando uma sociedade oprimida por um regime absolutamente autoritário. Quatro anos depois, em 1953, Ray Bradbury revolucionou a literatura com Fahrenheit 451.
A comparação entre as duas obras é inevitável, pois ambas foram escritas após o término da Segunda Guerra Mundial. Com um texto que condena não só a opressão anti-intelectual nazista, mas principalmente o cenário dos anos 1950, o livro de Bradbury revela apreensão de uma sociedade opressiva e comandada pelo autoritarismo do mundo pós-guerra.
A obra de Bradbury descreve um governo totalitário, num futuro incerto mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instaladas em suas casas ou em praças ao ar livre.
Fahrenheit 451 é dividido em três partes: A lareira e a salamandra, A peneira e a areia e O clarão resplandecente. O livro conta a história de Guy Montag, que no início tem prazer com sua profissão de bombeiro, cuja função nessa sociedade imune a incêndios é queimar livros e tudo que diga respeito à leitura.
Quando Montag conhece Clarisse McClellan, uma menina de dezesseis anos, ele percebe o quanto tem sido infeliz no seu relacionamento com a esposa, Mildred. Ele passa a se sentir incomodado com sua profissão e descontente com a autoridade e com os cidadãos. A partir daí, o protagonista tenta mudar a sociedade e encontrar sua felicidade.
Fahrenheit 451 tornou-se um clássico não só na literatura, mas também no cinema. Em 1966, o diretor François Truffaut adaptou o livro e lançou o filme de mesmo nome estrelado por Oskar Werner e Julie Christie. Um remake do filme deve ser lançado em breve, dirigido por Frank Darabobont e com Mel Gibson no papel principal.

Excelente filme de Truffaut de 1966







quinta-feira, 2 de agosto de 2012

23 - Admirável mundo novo


23 - Aldous Huxley; Admirável mundo novo; Editora Globo; 2009; 390 páginas – Período de leitura: 01/08/12 -15/08/12

Comentário
É espantoso ter conhecimento de que este livro foi escrito em 1930, parece até piada de mau gosto, ou talvez seu autor fosse uma espécie de vidente, pois este livro é profético de dar medo. Porém é mais espantoso ainda tentar compreender como a total falta de valores venha a se tornar ela própria um valor ético e moral. Isto só vem a reafirmar o pensamento niilista: nada permanecerá! E é isto que torna este livro excelente - é um dos três livros sobre distopias (utopias negativas) que me dispus a ler, junto com 1984 de George Orwell e Admirável mundo novo, de Aldous Huxley. 

Tenho refletido muito sobre o quanto nos alienamos e somos condicionados a ponto de, conscientemente, escolhermos sempre o errado em vez do certo; o ruim em vez do bom; o grotesco e de extremo mau gosto em vez do belo. E desta forma, seguimos submissos, a maior e mais comum corrente de pensamento. E como consequência, recusamos o mais saudável. Ouvimos musica banal e sem valor cultural, lemos esse lixo que o mercado nos empurra e obriga a consumir por falta de opção e saber. Assim a cada dia, nos tornamos mais pobres culturalmente, na mesma medida em vamos nos esquecendo o pouco que nos foi dado o privilegio de conhecer...



Sinopse da editora:

"Ano 634 df (depois de Ford). O Estado científico totalitário zela por todos. Nascidos de proveta, os seres humanos (pré-condicionados) têm comportamentos (pré-estabelecidos) e ocupam lugares (pré-determinados) na sociedade: os alfa no topo da pirâmide, os ípsilons na base. A droga soma é universalmente distribuída em doses convenientes para os usuários. Família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime.



Os conceitos de “pai” e “mãe” são meramente históricos. Relacionamentos emocionais intensos ou prolongados são proibidos e considerados anormais. A promiscuidade é moralmente obrigatória e a higiene, um valor supremo. Não existe paixão nem religião. Mas Bernard Marx tem uma infelicidade doentia: acalentando um desejo não natural por solidão, não vendo mais graça nos prazeres infinitos da promiscuidade compulsória, Bernard quer se libertar. Uma visita a um dos poucos remanescentes da Reserva Selvagem, onde a vida antiga, imperfeita, subsiste, pode ser um caminho para curá-lo. Extraordinariamente profético, Admirável mundo novo é um dos livros mais influentes do século 20."

segunda-feira, 16 de julho de 2012

22 - 1984


22 - George Orwell; 1984; Cia das Letras; 2009; 416 páginas – Período de leitura: 14/07/12 - 30/07/12


Comentário

Como pode um livro sobre o futuro "que já passou" causar tanto espanto ao leitor atual? George Orwell publicou o livro 1984 no ano de 1949. 

Este livro não é apenas uma crítica sobre os extremos do comunismo ou sobre os absurdos do nazismo, é muito mais uma advertência ao que o homem poderia vir a se tornar mediante a influência de um regime totalitário que utiliza com precisão a mídia para controle de massas. Um autômato! Um fantoche, um ser desprovido de capacidade intelectual. É obvio que a coisa hoje se tornou muito mais generalizada com o avanço da tecnologia da informação. Mas vejo alguns exemplos que assustam e incomodam: as grandes massas sedentas de bens de consumo em busca da chamada teologia da felicidade, ($$$!); ou a grande multidão bramindo com seus “atestados médicos” frequentando cultos televisionados em templos cada vez mais gigantescos. Porém o que mais me deixa incomodado são aquelas pessoas que no afã do puro divertimento sacrificam a arte – ou seja, o que é bom – em troca do banal ou daquilo que é desprovido de “inteligência cultural” e que  pensam que só porque milhares de pessoas, (ou milhões, que seja), pensam o mesmo, isso traz algum tipo de validade ao que fazem. ...ou então... vai ver que sou intolerante mesmo...




Sinopse da editora:
"Winston, herói de 1984, último romance de George Orwell, vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além de vazio de sentido histórico. De fato, a ideologia do Partido dominante em Oceânia não visa nada de coisa alguma para ninguém, no presente ou no futuro. O'Brien, hierarca do Partido, é quem explica a Winston que "só nos interessa o poder em si. Nem riqueza, nem luxo, nem vida longa, nem felicidade: só o poder pelo poder, poder puro".

Quando foi publicada em 1949, poucos meses antes da morte do autor, essa assustadora distopia datada de forma arbitrária num futuro perigosamente próximo logo experimentaria um imenso sucesso de público. Seus principais ingredientes - um homem sozinho desafiando uma tremenda ditadura; sexo furtivo e libertador; horrores letais - atraíram leitores de todas as idades, à esquerda e à direita do espectro político, com maior ou menor grau de instrução. À parte isso, a escrita translúcida de George Orwell, os personagens fortes, traçados a carvão por um vigoroso desenhista de personalidades, a trama seca e crua e o tom de sátira sombria garantiram a entrada precoce de 1984 no restrito panteão dos grandes clássicos modernos. 

Algumas das ideias centrais do livro dão muito o que pensar até hoje, como a contraditória Novafala imposta pelo Partido para renomear as coisas, as instituições e o próprio mundo, manipulando ao infinito a realidade. Afinal, quem não conhece hoje em dia "ministérios da defesa" dedicados a promover ataques bélicos a outros países, da mesma forma que, no livro de Orwell, o "Ministério do Amor" é o local onde Winston será submetido às mais bárbaras torturas nas mãos de seu suposto amigo O'Brien.

Muitos leram 1984 como uma crítica devastadora aos belicosos totalitarismos nazifascistas da Europa, de cujos terríveis crimes o mundo ainda tentava se recuperar quando o livro veio a lume. Nos Estados Unidos, foi visto como uma fantasia de horror quase cômico voltada contra o comunismo da hoje extinta União Soviética, então sob o comando de Stálin e seu Partido único e inquestionável. No entanto, superando todas as conjunturas históricas - e até mesmo a data futurista do título -, a obra magistral de George Orwell ainda se impõe como uma poderosa reflexão ficcional sobre os excessos delirantes, mas perfeitamente possíveis, de qualquer forma de poder incontestado, seja onde for."



"O maior escritor do século XX." - Observer


"Obra-prima terminal de Orwell, 1984 é uma leitura absorvente e indispensável para a compreensão da história moderna." - Timothy Garton Ash, New York Review of Books

" A obra mais sólida e mais impressionante de Orwell." - V. S. Pritchett



Filme homonimo produzido também em 1984 com 
John HurtRichard BurtonCyril Cusack.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

21 - História das idéias e movimentos anarquistas - A idéia - Vol 2

21 - George Woodcock; História das idéias e movimentos anarquistas - A idéia - Vol 2; LP&M; 2008; 280 páginas – Período de leitura: 24/06/12 - 14/07/12


Comentário:

Esta obra que humildemente me proponho a fazer um pequeno comentário é uma das mais sérias e precisas obras que já tive o prazer de ler. É uma pesquisa aprofundada e meticulosa sobre um assunto que, por ser “maldito”, é de se esperar que tenha sido difícil encontrar informações. Por este motivo, é de se esperar também que seja uma leitura maçante, fatigante, porém não é isso que se verifica; é muito divertida e interessante. Como as aventuras um tanto quixotescas de Makhno e seu exército insurgente contra o exército branco e posteriormente o vermelho – ou as personalidades complexas de grandes e intrincados pensadores anarquistas como: Proudhon, Bakunin, Kropotkin, Godwin, Stirner, Tolstói e tantos outros. 


Antigamente bastava pão para que o povo não se rebelasse, hoje em dia o cidadão quer carro, bens de consumo, etc. Espero esperançoso o dia em que o homem se rebelará e lutará contra a escravidão intelectual que repousa sobre nossas mentes. É muita gente consumindo lixo de dizendo: “o que consumo é bom, é cultura” - Não conseguem nem diferenciar o clássico do banal. 

Se você não concorda ou não entendeu, é porque você é um escravo intelectual. 

A liberdade então é algo inalcançável, a própria utopia.


Sinopse da editora:
"Este é um dos livros mais completos e esclarecedores sobre as origens e a história do movimento anarquista através dos tempos. Uma obra fundamental para o conhecimento profundo da doutrina anarquista, desde seu nascimento até sua expressão como movimento, expondo o pensamento de seus principais teóricos como Proudhon, Bakunin, Kropotkin, Godwin, Stirner, Tolstói e tantos outros.
A partir do momento em que Proudhon bradou que "A propriedade é um roubo!" foram estabelecidos os fundamentos doutrinários para a criação de sistemas antigovernamentais, substituindo o Estado autoritário por um tipo de cooperação não-governamental entre indivíduos livres. 
"Todo aquele que contesta a autoridade e luta contra ela é anarquista", diz Sebastien Faure. A definição é tentadora em sua simplicidade, mas é justamente dessa simplicidade que devemos nos precaver ao escrever uma história do anarquismo. Poucas doutrinas ou movimentos foram tão mal-entendidos pela opinião pública e poucos deram tantos motivos para confusão. É por isso que, antes de traçar a evolução histórica do anarquismo, como teoria e movimento este livro começa com uma definição: o que é o anarquismo? O que não é? Estas são as questões que devemos examinar em primeiro lugar."

quarta-feira, 13 de junho de 2012

20 - Kafka - biografia


20 - Gérard-Georges Lemaire ; Kafka; LP&M; 2006; 240 páginas – Período de leitura: 10/06/12 - 24/06/12

Comentário:

Kafka, antes de morrer, realmente fez o pedido a seu amigo Max Brod para que queimasse todos os seus escritos? Apesar de não esclarecer esta tenebrosa dúvida, este livro desmistifica varias lendas que se formaram após sua morte. E justamente quando o livro chega aos momentos finais da vida de Kafka que se torna deveras interessante. A vida de Kafka e suas relações conturbadas e mal resolvidas confundem-se com seus romances quase sempre inacabados. 


Modesto Carone, considerado o melhor tradutor de Kafka, disse: “que o personagem de Kafka está perdido, o narrador está perdido e o leitor fica mais perdido ainda...” Pois é justamente assim que você se sente ao ler uma obra de Kafka. Ele tem esse poder... de faze-lo mudar de estado sem perceber... Você sabe que o que está lendo não é verdade, porém, ao mesmo tempo reconhece as circunstâncias e isso te deixa estranhamente radiante. O personagem, o narrador e você, passam juntos por uma situação ridícula sem ao menos perceber. 

Se alguém me perguntasse: “Quais os melhor(es) livro(s) que você leu?” eu responderia sem exitar: “O processo, O castelo e Amerika” 


E os três são de Kafka...


Eu já ia me esquecendo do conto "A Metamorfose", pra mim um dos melhores e mais instigantes contos já escrito.

Sinopse da editora:

"A um só tempo fascinado e repelido pela cidade de Praga, em busca de uma terra prometida e exilado em Berlim, noivo hesitante e sedutor impenitente, esportista talentoso, hipocondríaco e vegetariano, judeu descrente e entusiasta da cultura iídiche e do impulso sionista, fiel a sólidas amizades e solitário, apaixonado pela vida e assombrado pela morte, Franz Kafka (1883-1924) foi um mistério para si mesmo e para os outros."

sábado, 2 de junho de 2012

19 - Factótum


19 - Charles Bukowski; Factótum; LP&M; 2011; 176 páginas – Período de leitura: 03/06/12 - 10/06/12
Comentário:
Sinto vergonha em falar que adorei ler Factótum deste velho safado Charles Bukowski. Mas é isso mesmo! É saborosíssimo ler as viagens sem rumo recheadas de sexo, vinho & música clássica (e palavrões) de Henry Chinaski (protagonista deste livro). Sinto vergonha porque este livro me deixou com uma vontade imensa de tornar um vagabundo,  e não ter que me acordar cedo e...
Sinopse da editora:
"Em Factótum, segundo romance de Charles Bukowski, publicado em 1975, encontramos mais uma vez Henry Chinaski, alter ego do autor, protagonista de vários dos seus livros e um dos mais célebres anti-heróis da literatura americana. Durante a Segunda Guerra Mundial, o loser Henry (que reaparece mais tarde em Misto-quente) é considerado "inapto para o serviço militar" e não consegue entrar para o exército. Assim, enquanto os Estados Unidos se unem em torno da guerra e os homens alistados são vistos como heróis, Chinaski, sem emprego, sem profissão nem perspectiva, cruza o país, arranjando bicos e trampos, fazendo de tudo um pouco – daí o nome do livro –, na tentativa de subsistir com empregos que não se interponham entre ele e seu grande amor: escrever.
Em meio a tragos, perambulações por ruas marginais, tentativas de ser publicado, vivendo da mão para a boca, o autor iniciante Henry Chinaski come o pão que o diabo amassou. Tais trechos, que tratam do escritor em formação, estão entre os mais pungentes e interessantes do livro. Na sua versão do artista quando jovem, Bukowski vê tudo através da lente da desmistificação – desmistifica a imagem do artista romântico e o milagre americano – e faz desse olhar cínico a sua profissão de fé."

18 - O horror de Dunwich

18 - HP Lovecraft; O horror de Dunwich; Hedra; 2012; 106 páginas – Período de leitura: 01/06/12 - 03/06/12
O horror de Dunwich
História do Necronomicon
O sabujo
duas cartas escritas pelo autor
Comentário:
A originalidade e verosimilhança dos demoníacos e assustadores contos de HP Lovecraft, faz com que você tenha espécies de pequenos devaneios noturnos; mesmo durante muito tempo após ter lido um conto seu. Não! Não estou ficando louco! É Assustador! A originalidade e a busca por sentimentos indizíveis e imensuráveis sempre foram as maiores preocupações de Lovecraft.

Sinopse da editora:
"O horror de Dunwich Em 1913, no vilarejo de Dunwich, a albina Lavinia Whateley dá à luz um menino de tez escura e com feições de bode, filho de um pai desconhecido. Wilbur causa espanto devido à rapidez sobrenatural com que cresce e se desenvolve, e os estudos precoces levam-no à descoberta do Necronomicon --– o temível compêndio de sabedoria oculta escrito pelo árabe louco Abdul Alhazred. Mais tarde, ao descobrir que dispõe apenas de uma tradução inglesa incompleta desse tomo proscrito, Wilbur sai em busca de uma rara edição latina para dar continuidade ao misterioso ritual em família que atinge o ponto culminante com O horror de Dunwich --- uma das novelas essenciais ao ciclo mítico de Cthulhu. Em apêndice, o volume traz quatro textos relacionados à importância do Necronomicon na obra de Lovecraft: os contos “História do Necronomicon” e “O sabujo” e duas cartas escritas pelo autor."