quinta-feira, 16 de agosto de 2012

24 - Fahrenheit 451

24 - Ray Bradbury; Fahrenheit 451; Editora Globo; 2009; 210 páginas – Período de leitura: 15/08/12 - 27/08/12


Comentário: 

A exemplo das outras duas distopias lidas anteriormente, (1984, de George Orwell e Admirável mundo novo de Aldous Huxley), esta de Ray Bradbury é igualmente excelente! É algo estranhamente inusitado sair do lugar comum e mergulhar nesta sociedade onde (pelo menos é o que eu gosto de pensar), eu iria realmente me dar muito mal; e em que os livros são expressamente proibidos e até caçados vasculhando-se casas e revistando-se pessoas. 

Todas as distopias aqui citadas viraram filmes, e vale muito a pena assisti-los. Porém, na minha opinião, funciona muito bem pra quem leu os livros, pois apesar dos filmes serem excelentes, faltam detalhes e explicações que induzem o leitor a ir descobrindo e desvendando gradativamente o enredo.

Sinopse da editora:
Em 1949, George Orwell lançou o livro 1984, mostrando uma sociedade oprimida por um regime absolutamente autoritário. Quatro anos depois, em 1953, Ray Bradbury revolucionou a literatura com Fahrenheit 451.
A comparação entre as duas obras é inevitável, pois ambas foram escritas após o término da Segunda Guerra Mundial. Com um texto que condena não só a opressão anti-intelectual nazista, mas principalmente o cenário dos anos 1950, o livro de Bradbury revela apreensão de uma sociedade opressiva e comandada pelo autoritarismo do mundo pós-guerra.
A obra de Bradbury descreve um governo totalitário, num futuro incerto mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instaladas em suas casas ou em praças ao ar livre.
Fahrenheit 451 é dividido em três partes: A lareira e a salamandra, A peneira e a areia e O clarão resplandecente. O livro conta a história de Guy Montag, que no início tem prazer com sua profissão de bombeiro, cuja função nessa sociedade imune a incêndios é queimar livros e tudo que diga respeito à leitura.
Quando Montag conhece Clarisse McClellan, uma menina de dezesseis anos, ele percebe o quanto tem sido infeliz no seu relacionamento com a esposa, Mildred. Ele passa a se sentir incomodado com sua profissão e descontente com a autoridade e com os cidadãos. A partir daí, o protagonista tenta mudar a sociedade e encontrar sua felicidade.
Fahrenheit 451 tornou-se um clássico não só na literatura, mas também no cinema. Em 1966, o diretor François Truffaut adaptou o livro e lançou o filme de mesmo nome estrelado por Oskar Werner e Julie Christie. Um remake do filme deve ser lançado em breve, dirigido por Frank Darabobont e com Mel Gibson no papel principal.

Excelente filme de Truffaut de 1966







quinta-feira, 2 de agosto de 2012

23 - Admirável mundo novo


23 - Aldous Huxley; Admirável mundo novo; Editora Globo; 2009; 390 páginas – Período de leitura: 01/08/12 -15/08/12

Comentário
É espantoso ter conhecimento de que este livro foi escrito em 1930, parece até piada de mau gosto, ou talvez seu autor fosse uma espécie de vidente, pois este livro é profético de dar medo. Porém é mais espantoso ainda tentar compreender como a total falta de valores venha a se tornar ela própria um valor ético e moral. Isto só vem a reafirmar o pensamento niilista: nada permanecerá! E é isto que torna este livro excelente - é um dos três livros sobre distopias (utopias negativas) que me dispus a ler, junto com 1984 de George Orwell e Admirável mundo novo, de Aldous Huxley. 

Tenho refletido muito sobre o quanto nos alienamos e somos condicionados a ponto de, conscientemente, escolhermos sempre o errado em vez do certo; o ruim em vez do bom; o grotesco e de extremo mau gosto em vez do belo. E desta forma, seguimos submissos, a maior e mais comum corrente de pensamento. E como consequência, recusamos o mais saudável. Ouvimos musica banal e sem valor cultural, lemos esse lixo que o mercado nos empurra e obriga a consumir por falta de opção e saber. Assim a cada dia, nos tornamos mais pobres culturalmente, na mesma medida em vamos nos esquecendo o pouco que nos foi dado o privilegio de conhecer...



Sinopse da editora:

"Ano 634 df (depois de Ford). O Estado científico totalitário zela por todos. Nascidos de proveta, os seres humanos (pré-condicionados) têm comportamentos (pré-estabelecidos) e ocupam lugares (pré-determinados) na sociedade: os alfa no topo da pirâmide, os ípsilons na base. A droga soma é universalmente distribuída em doses convenientes para os usuários. Família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime.



Os conceitos de “pai” e “mãe” são meramente históricos. Relacionamentos emocionais intensos ou prolongados são proibidos e considerados anormais. A promiscuidade é moralmente obrigatória e a higiene, um valor supremo. Não existe paixão nem religião. Mas Bernard Marx tem uma infelicidade doentia: acalentando um desejo não natural por solidão, não vendo mais graça nos prazeres infinitos da promiscuidade compulsória, Bernard quer se libertar. Uma visita a um dos poucos remanescentes da Reserva Selvagem, onde a vida antiga, imperfeita, subsiste, pode ser um caminho para curá-lo. Extraordinariamente profético, Admirável mundo novo é um dos livros mais influentes do século 20."