quinta-feira, 27 de março de 2014

10 - Guerra e Paz - Vol I

10 - Leon Tolstói; Guerra e Paz.; LP&M; 2007 (165-1869); 400 páginas Período de leitura: 26/03/2014 - 26/04/2014 

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Sinopse da editora: 

            “Publicado entre 1865 e 1869, Guerra e Paz é mundialmente aclamado como um dos maiores romances jamais escritos. Trata de um imenso e detalhado painel da sociedade russa durante o tumultuado período das guerras napoleônicas, de 1805 (ano da vitória de Napoleão na batalha de Austerlitz) a 1812 (quando ocorrerram a célebre retirada dos franceses durante o inverno e o incêndio de Moscou). Como fio condutor, temos a vida, as misérias e os amores de duas grandes famílias aristocratas. Uma multidão de personagens retrata as diversas camadas do mundo russo, dos camponeses ao tsar, e os protagonistas parecem ter vida própria, tão admirável é a capacidade de Tolstói (1828-1910) de representar pessoas psicologicamente complexas e profundas. Por sua ambição e pelas técnicas utilizadas, Guerra e Paz desafiou os parâmetros literários e a própria literatura do seu tempo.

Se em seu magnífico romance o autor mostrou o sacrifício, o patriotismo e a grandeza do povo russo, também construiu um momumento à paz. A obra-prima de Tolstói brilha como um livro maior entre milhões de livros, deslumbra como só uma verdadeira obra de arte é capaz de deslumbrar e emociona como só as grandes histórias, contadas pelos grandes narradores, conseguem emocionar."

quinta-feira, 13 de março de 2014

09 - A fidelidade conjugal seguido de O diabo

09 - Leon Tolstói; A fidelidade conjugal seguido de O diabo; LP&M; 2012 (orig. 1859); 182 páginas - Período de leitura: 10/03/2014 - 26/03/2014

Comentário: 


Sinopse da editora: 
"Poucos escritores penetraram tão fundo na alma dos seus personagens quanto Leon Tolstói (1828-1910), dono de uma técnica narrativa certeira e cristalina. É o que pode ser visto neste livro, que reúne duas primorosas amostras da sua vasta obra. Publicada em 1859, A felicidade conjugal é a primeira obra do futuro autor de Guerra e paz. Já o conto O diabo foi escrito em 1898 e publicado postumamente, em 1916. De origem autobiográfica, ambos os textos tratam das mesmas questões, caras a Tolstói: o papel do casamento, do sexo e das relações amorosas, bem como a responsabilidade moral dos indivíduos.

Em A felicidade conjugal, o autor demonstra sua habilidade de narrar a partir do ponto de vista de um personagem feminino – habilidade que seria levada às últimas conseqüências em Anna Karênina – para retratar a meninice despreocupada da princesinha Macha, sua aproximação e o posterior relacionamento com Serguêi Mikháilovitch. Em O diabo, Evguêni, um bacharel em Direito, se envolve com uma bela camponesa da região, num caso que teria tudo para ser esquecido e relegado às loucuras de juventude. Mas Evguêni é jovem, e não percebe que está criando armadilhas para si mesmo."

quarta-feira, 5 de março de 2014

08 - O ladrão honesto e outros contos

08 - Dostoiévski; O ladrão honesto e outros contos; Hedra; 2013 (1846-1849); 161 páginas - Período de leitura: 01/03/2014 - 10/03/2014

Comentário:



Sinopse da editora: 
"Dostoiévski é possivelmente o nome mais emblemático da literatura russa. Conhecido por seus grandes romances, o autor viveu sua primeira glória literária ainda na juventude, época que precedeu sua prisão, em 1849. Neste período, também escreveu prosas breves com procedimentos próximos aos da poesia—ele próprio chegou a usar a palavra “poema” para se referir a algumas de suas obras —, a exemplo dos contos Uma árvore de natal e um casamento, O ladrão honesto, O pequeno herói e Um coração fraco, textos que compõem este livro.

Em O LADRÃO HONESTO E OUTROS CONTOS já é possível identificar, ainda que em estado bruto, alguns traços marcantes da fase madura de Dostoiévski, como o humor e os diálogos ágeis. A aproximação de procedimentos poéticos se tornaria menos evidente nas obras futuras do autor, enquanto que as questões sobre moralidade, já presentes, se tornariam suas obsessões particulares. Fazem parte da temática desta primeira fase a crítica às disputas de poder veladas da sociedade petersburguesa, a questão de responsabilidade individual em meio a condições de vida degradantes, a ambiguidade de tom, fruto do choque entre condições de opressão e a censura à fraqueza moral, e a incapacidade de lidar com a própria felicidade. As experiências que o autor constrói com estes pequenos textos não se restringem às qualidades das tramas e personagens, mas também se revelam na percepção da realidade, aspecto que influiria definitivamente no curso da arte literária e que anteciparia algumas das maiores obras-primas da literatura universal.

FIÓDOR MIKHÁILOVITCH DOSTOIÉVSKI (Moscou, 1821– São Petersburgo, 1881) desde cedo demonstra interesse pelos livros e alcança grande sucesso já em seu romance de estreia, Gente pobre, de 1844. Imediatamente aclamado por Vissarion Bielínski, maior crítico da época, Dostoiévski passa a participar dos círculos literários de Moscou. Em 1849, foi preso e condenado à morte por sua participação no Círculo de Petrashevsky, espécie de sociedade secreta de aspirações utópicas e liberais, onde também se discutia literatura. Sua pena foi comutada para trabalhos forçados na Sibéria. Ao retornar do exílio, foi aos poucos reconstruindo sua reputação de grande escritor, consolidada com a publicação dos romances Crime e Castigo, O idiota eOs irmãos Karamázov.

CECÍLIA ROSAS é tradutora e mestre em Literatura e Cultura Russa pela Universidade de São Paulo. De Púchkin, traduziu a “Viagem a Arzum”, para aNova antologia do conto russo (Editora 34, 2011), O conto maravilhoso do tsar Saltan (Cosac Naify, 2013) eNoites egípcias e outros contos (Hedra, 2010).