20 - Gérard-Georges Lemaire ; Kafka; LP&M; 2006; 240 páginas – Período de leitura: 10/06/12 - 24/06/12
Comentário:
Kafka, antes de morrer, realmente fez o pedido a seu amigo Max Brod para que queimasse todos os seus escritos? Apesar de não esclarecer esta tenebrosa dúvida, este livro desmistifica varias lendas que se formaram após sua morte. E justamente quando o livro chega aos momentos finais da vida de Kafka que se torna deveras interessante. A vida de Kafka e suas relações conturbadas e mal resolvidas confundem-se com seus romances quase sempre inacabados.
Modesto Carone, considerado o melhor tradutor de Kafka, disse: “que o personagem de Kafka está perdido, o narrador está perdido e o leitor fica mais perdido ainda...” Pois é justamente assim que você se sente ao ler uma obra de Kafka. Ele tem esse poder... de faze-lo mudar de estado sem perceber... Você sabe que o que está lendo não é verdade, porém, ao mesmo tempo reconhece as circunstâncias e isso te deixa estranhamente radiante. O personagem, o narrador e você, passam juntos por uma situação ridícula sem ao menos perceber.
Se alguém me perguntasse: “Quais os melhor(es) livro(s) que você leu?” eu responderia sem exitar: “O processo, O castelo e Amerika”
Eu já ia me esquecendo do conto "A Metamorfose", pra mim um dos melhores e mais instigantes contos já escrito.
Sinopse da editora:
"A um só tempo fascinado e repelido pela cidade de Praga, em busca de uma terra prometida e exilado em Berlim, noivo hesitante e sedutor impenitente, esportista talentoso, hipocondríaco e vegetariano, judeu descrente e entusiasta da cultura iídiche e do impulso sionista, fiel a sólidas amizades e solitário, apaixonado pela vida e assombrado pela morte, Franz Kafka (1883-1924) foi um mistério para si mesmo e para os outros."
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