segunda-feira, 30 de abril de 2012

14 - O Duplo


14 - Fiódor Dostoiévski; O Duplo; Editora 34; 2011; 254 páginas – Período de leitura: 30/04/12 - 20/05/12
Comentário:

Este livro, quando lançado, não foi bem aceito pela crítica; alguns críticos até ousaram dizer que Dostoiévski nunca teria proficuidade como escritor.???!!!, ...contradizendo as críticas de sua estreia, com o elogiadíssimo gente pobre. 
Isto só tem uma explicação:
Eles não estavam preparados para este livro, simplesmente não entenderam nada! Este pequeno romance é de longe a bem mais acabada obra que li – tem tudo o que procuro em uma leitura, ele é denso, labiríntico, consegue realmente te deixar perdido,  e te faz pensar. O duplo ainda trata de um assunto cada vez mais manifesto nessa nossa cultura de excessivas regras e extrema burocracia. Dono de uma atmosfera ridicularmente claustrofóbica e de uma lucidez que transcende a mente humana de seu tempo - de todos os tempos - bem ao estilo de Kafka. Este é o segundo livro do escritor russo Dostoiévski; o 15° livro seu que leio – porque não li este livro antes? – pensando bem, acho que foi melhor assim, fui conhecendo aos poucos o universo Dostoievskiano.

Sinopse da editora:
"Pouco depois de seu aclamado romance de estreia, Gente pobre (1846), Dostoiévski publicava O Duplo. Embora incompreendido pela crítica da época, devido à novidade do tema e ao experimentalismo formal propostos, o autor sempre teve plena convicção sobre sua importância, a ponto de escrever no Diário de um escritor, vinte anos mais tarde: "nunca dei uma contribuição mais séria para a literatura do que essa".De fato, o drama do pequeno funcionário que, oprimido pelo contraste entre a imagem que faz de si mesmo e a realidade, passa a enxergar e conviver com seu próprio duplo — que o persegue e ameaça levá-lo à loucura —, era já o primeiro esboço do principal personagem-tipo dostoievskiano: o "homem do subsolo", o indivíduo cindido internamente que se desdobraria no Raskólnikov de Crime e castigo, no Míchkin de O idiota, em Ivan Karamázov e em vários outros.Influenciada por Hoffmann e Gógol, esta história — capaz de suscitar igualmente o riso e a dor — ganha aqui sua primeira tradução direta do russo, que busca preservar todas as nuances do texto, e vem acompanhada de uma seleção das magníficas ilustrações do artista expressionista austríaco Alfred Kubin (1877-1959)."

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