09 - Scoot Cookman; Miragem Polar; Editora Gryphus; 2001(1952); 285 páginas – Período de leitura: 29/06/13 - 05//06/13
Comentário:
Livros assim...,
leio num só folego!, ...e se possuíssem mais um milhão de páginas, ainda
estaria lendo com prazer. Livros sobre conquista e aventura dramática, mostram
á que extremos pode chegar á aventura humana. Casos como a fatal decepção de Scott
ao chegar ao Polo Sul e descobrir que um mês antes Amundsen já esteve lá, e na
sua morte e a de quatro de seus bravos companheiros devido a um frio extremo,
escoriações, fome “e decepção” no caminho de volta. Casos como a bem sucedida e
experiente vitória do Norueguês sobre a Inglaterra de Scott, o imprevisível
Amundsen, - era para ele ter ido para o ártico conquistar o Polo Norte, no entanto,os seus rivais norte-americanos, Frederick Cook e Robert Peary, anunciaram, cada um
deles, terem chegado ao Polo Norte, e assim, ele decidiu vir para a Antártica
conquistar o Polo Sul. Ou
como da épica e homérica expedição de Shackleton que bem poderia muito bem
fazer parte de mais um dos capítulos das aventuras de Odisseu. Que ao tentar
fazer a travessia da Antártica a pé, teve seu navio tragado pelo gelo.
Shackleton e mais 27 homens ficaram vagando durante meses pelo gelo até
decidirem se lançar ao mar para buscar ajuda, em um pequeno barco, num dos
mares mais torrenciais do mundo (Shackleton e mais em cinco homens – 72 horas
sem dormir). Quando chegaram ao objetivo, uma pequena ilha, descobriram estar no
lado oposto da mesma, Shackleton e mais dois companheiros, decidiram então fazer
mais uma derradeira epopeia, atravessar gigantescas montanhas cobertas de neve até
a estação baleeira de Stromness.
Todos os 28 homens foram resgados e salvos.
Enfim, casos
como da Expedição Franklin, objetivo deste comentário, comandada pelo mais
azarado dos comandantes o Capitão Sir John Franklin, que rumou para o Ártico
com o objetivo de atravessar à única passagem ainda desconhecida, a Passagem
Noroeste, a rota marítima que contorna a América
do Norte, ligando os oceanos Atlântico ao Pacifico. Franklin não só não
conseguiu cumprir seu objetivo como nunca mais voltou para a Inglaterra, todos os membros da expedição morreram,
128 homens. Isso sem contar a perda de dois dos navios mais bem equipados da
Europa, pra não dizer do mundo, o Erebus e Terror, que ficaram encalhados no
gelo e foram abandonados.
Pode parecer depreciativo meu comentário e é verdade que
Franklin vem a décadas sendo julgado, injustiçado e criticado devido ao
fracasso da expedição e, ao que se sabe hoje, casos de canibalismo, porém minha
ideia é apenas resultado da opinião geral sobre Franklin ou sobre a arrogância
racial e tecnológica da Inglaterra. Na opinião do escritor os ingleses consideravam-se
superiores aos Inuítes, mas não sabiam caçar focas nem fazer um iglu. O Erebus e Terror eram os mais bem equipados
navios para exploração da época, tinham o casco reforçado com placas aço e
motores á vapor, tripulados por 128 homens; Amundsen fez esta mesma travessia posteriormente
com um veleiro de casco de madeira, o Gjøa, com uma tripulação de apenas seis homens, (sim é o
mesmo que saiu vitorioso na corrida contra Scott, alcançando o Polo Sul).
Sinopse da editora:
"Duas embarcações ultramodernas para seu tempo. 129 homens escolhidos a dedo. Um comandante que sobreviveu a três viagens árticas anteriores. Desaparecidos sem sinal de vida. O que aconteceu? Por um século e meio a pergunta sobre o que aconteceu com a expedição Franklin - o pior desastre nos anais das viagens polares - permaneceu um mistério. Agora, baseado em pesquisa realizada no Almirantado Britânico, o autor Scott Cookman recria a saga completa da malsucedida expedição e chega a uma conclusão aterradora para um dos mais longos enigma da história das explorações humanas."
Nenhum comentário:
Postar um comentário