quinta-feira, 2 de agosto de 2012

23 - Admirável mundo novo


23 - Aldous Huxley; Admirável mundo novo; Editora Globo; 2009; 390 páginas – Período de leitura: 01/08/12 -15/08/12

Comentário
É espantoso ter conhecimento de que este livro foi escrito em 1930, parece até piada de mau gosto, ou talvez seu autor fosse uma espécie de vidente, pois este livro é profético de dar medo. Porém é mais espantoso ainda tentar compreender como a total falta de valores venha a se tornar ela própria um valor ético e moral. Isto só vem a reafirmar o pensamento niilista: nada permanecerá! E é isto que torna este livro excelente - é um dos três livros sobre distopias (utopias negativas) que me dispus a ler, junto com 1984 de George Orwell e Admirável mundo novo, de Aldous Huxley. 

Tenho refletido muito sobre o quanto nos alienamos e somos condicionados a ponto de, conscientemente, escolhermos sempre o errado em vez do certo; o ruim em vez do bom; o grotesco e de extremo mau gosto em vez do belo. E desta forma, seguimos submissos, a maior e mais comum corrente de pensamento. E como consequência, recusamos o mais saudável. Ouvimos musica banal e sem valor cultural, lemos esse lixo que o mercado nos empurra e obriga a consumir por falta de opção e saber. Assim a cada dia, nos tornamos mais pobres culturalmente, na mesma medida em vamos nos esquecendo o pouco que nos foi dado o privilegio de conhecer...



Sinopse da editora:

"Ano 634 df (depois de Ford). O Estado científico totalitário zela por todos. Nascidos de proveta, os seres humanos (pré-condicionados) têm comportamentos (pré-estabelecidos) e ocupam lugares (pré-determinados) na sociedade: os alfa no topo da pirâmide, os ípsilons na base. A droga soma é universalmente distribuída em doses convenientes para os usuários. Família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime.



Os conceitos de “pai” e “mãe” são meramente históricos. Relacionamentos emocionais intensos ou prolongados são proibidos e considerados anormais. A promiscuidade é moralmente obrigatória e a higiene, um valor supremo. Não existe paixão nem religião. Mas Bernard Marx tem uma infelicidade doentia: acalentando um desejo não natural por solidão, não vendo mais graça nos prazeres infinitos da promiscuidade compulsória, Bernard quer se libertar. Uma visita a um dos poucos remanescentes da Reserva Selvagem, onde a vida antiga, imperfeita, subsiste, pode ser um caminho para curá-lo. Extraordinariamente profético, Admirável mundo novo é um dos livros mais influentes do século 20."

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