24 - Ray Bradbury; Fahrenheit 451; Editora Globo; 2009; 210 páginas – Período de leitura: 15/08/12 - 27/08/12
Comentário:
A exemplo das outras duas distopias lidas anteriormente, (1984, de George Orwell e Admirável mundo novo de Aldous Huxley), esta de Ray Bradbury é igualmente excelente! É algo estranhamente inusitado sair do lugar comum e mergulhar nesta sociedade onde (pelo menos é o que eu gosto de pensar), eu iria realmente me dar muito mal; e em que os livros são expressamente proibidos e até caçados vasculhando-se casas e revistando-se pessoas.
Todas as distopias aqui citadas viraram filmes, e vale muito a pena assisti-los. Porém, na minha opinião, funciona muito bem pra quem leu os livros, pois apesar dos filmes serem excelentes, faltam detalhes e explicações que induzem o leitor a ir descobrindo e desvendando gradativamente o enredo.
Sinopse da editora:
Em 1949, George Orwell lançou o livro 1984, mostrando uma sociedade oprimida por um regime absolutamente autoritário. Quatro anos depois, em 1953, Ray Bradbury revolucionou a literatura com Fahrenheit 451.
A comparação entre as duas obras é inevitável, pois ambas foram escritas após o término da Segunda Guerra Mundial. Com um texto que condena não só a opressão anti-intelectual nazista, mas principalmente o cenário dos anos 1950, o livro de Bradbury revela apreensão de uma sociedade opressiva e comandada pelo autoritarismo do mundo pós-guerra.
A obra de Bradbury descreve um governo totalitário, num futuro incerto mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instaladas em suas casas ou em praças ao ar livre.
Fahrenheit 451 é dividido em três partes: A lareira e a salamandra, A peneira e a areia e O clarão resplandecente. O livro conta a história de Guy Montag, que no início tem prazer com sua profissão de bombeiro, cuja função nessa sociedade imune a incêndios é queimar livros e tudo que diga respeito à leitura.
Quando Montag conhece Clarisse McClellan, uma menina de dezesseis anos, ele percebe o quanto tem sido infeliz no seu relacionamento com a esposa, Mildred. Ele passa a se sentir incomodado com sua profissão e descontente com a autoridade e com os cidadãos. A partir daí, o protagonista tenta mudar a sociedade e encontrar sua felicidade.
Fahrenheit 451 tornou-se um clássico não só na literatura, mas também no cinema. Em 1966, o diretor François Truffaut adaptou o livro e lançou o filme de mesmo nome estrelado por Oskar Werner e Julie Christie. Um remake do filme deve ser lançado em breve, dirigido por Frank Darabobont e com Mel Gibson no papel principal.
Excelente filme de Truffaut de 1966