quarta-feira, 16 de março de 2011

04 - A senhoria


04 - Fiódor Dostoiévski; A senhoria; Editora 34; 2006;  139 páginas – Período de leitura: 10/03/11 – 16/03/11 


Sinopse da editora:

"Em 20 de outubro de 1846, Dostoiévski escrevia a seu irmão: "Todos os meus planos foram por água abaixo e ruíram por si mesmos... Abandonei tudo [que estava escrevendo], já que isso não passava de uma repetição de coisas velhas. Agora ideias mais originais, vivas e luminosas brotam de mim no papel... Estou escrevendo outra novela, e o trabalho vai de vento em popa, está saindo com facilidade e frescor, como nunca...".
A novela a que Dostoiévski se referia com tamanho entusiasmo era A senhoria, que viria à luz no ano seguinte. Ao contrário de suas expectativas, entretanto, Bielínski — o mais influente crítico literário da época — tratou a obra como um disparate, fruto da "fantasia mirabolante" do autor.
De fato, as inovações que Dostoiévski introduziu com relação ao foco narrativo — bem como a trama que liga o intelectual e sonhador Ordínov à figura misteriosa de Katierina — permaneceram totalmente incompreendidas em seu tempo. Só no século XX, uma nova geração de leitores iria reconhecer neste livro, escrito quando o autor tinha 26 anos, uma obra-prima que antecipa Memórias do subsolo (1864) e seus grandes romances da maturidade.
Pela primeira vez em tradução direta do russo, A senhoria conta, nesta edição, com catorze xilogravuras de Paulo Penna e um esclarecedor posfácio de Fátima Bianchi, no qual a tradutora reconstitui o conturbado ambiente literário da época, destacando a atualidade da contribuição de Dostoiévski."

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