segunda-feira, 16 de julho de 2012

22 - 1984


22 - George Orwell; 1984; Cia das Letras; 2009; 416 páginas – Período de leitura: 14/07/12 - 30/07/12


Comentário

Como pode um livro sobre o futuro "que já passou" causar tanto espanto ao leitor atual? George Orwell publicou o livro 1984 no ano de 1949. 

Este livro não é apenas uma crítica sobre os extremos do comunismo ou sobre os absurdos do nazismo, é muito mais uma advertência ao que o homem poderia vir a se tornar mediante a influência de um regime totalitário que utiliza com precisão a mídia para controle de massas. Um autômato! Um fantoche, um ser desprovido de capacidade intelectual. É obvio que a coisa hoje se tornou muito mais generalizada com o avanço da tecnologia da informação. Mas vejo alguns exemplos que assustam e incomodam: as grandes massas sedentas de bens de consumo em busca da chamada teologia da felicidade, ($$$!); ou a grande multidão bramindo com seus “atestados médicos” frequentando cultos televisionados em templos cada vez mais gigantescos. Porém o que mais me deixa incomodado são aquelas pessoas que no afã do puro divertimento sacrificam a arte – ou seja, o que é bom – em troca do banal ou daquilo que é desprovido de “inteligência cultural” e que  pensam que só porque milhares de pessoas, (ou milhões, que seja), pensam o mesmo, isso traz algum tipo de validade ao que fazem. ...ou então... vai ver que sou intolerante mesmo...




Sinopse da editora:
"Winston, herói de 1984, último romance de George Orwell, vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além de vazio de sentido histórico. De fato, a ideologia do Partido dominante em Oceânia não visa nada de coisa alguma para ninguém, no presente ou no futuro. O'Brien, hierarca do Partido, é quem explica a Winston que "só nos interessa o poder em si. Nem riqueza, nem luxo, nem vida longa, nem felicidade: só o poder pelo poder, poder puro".

Quando foi publicada em 1949, poucos meses antes da morte do autor, essa assustadora distopia datada de forma arbitrária num futuro perigosamente próximo logo experimentaria um imenso sucesso de público. Seus principais ingredientes - um homem sozinho desafiando uma tremenda ditadura; sexo furtivo e libertador; horrores letais - atraíram leitores de todas as idades, à esquerda e à direita do espectro político, com maior ou menor grau de instrução. À parte isso, a escrita translúcida de George Orwell, os personagens fortes, traçados a carvão por um vigoroso desenhista de personalidades, a trama seca e crua e o tom de sátira sombria garantiram a entrada precoce de 1984 no restrito panteão dos grandes clássicos modernos. 

Algumas das ideias centrais do livro dão muito o que pensar até hoje, como a contraditória Novafala imposta pelo Partido para renomear as coisas, as instituições e o próprio mundo, manipulando ao infinito a realidade. Afinal, quem não conhece hoje em dia "ministérios da defesa" dedicados a promover ataques bélicos a outros países, da mesma forma que, no livro de Orwell, o "Ministério do Amor" é o local onde Winston será submetido às mais bárbaras torturas nas mãos de seu suposto amigo O'Brien.

Muitos leram 1984 como uma crítica devastadora aos belicosos totalitarismos nazifascistas da Europa, de cujos terríveis crimes o mundo ainda tentava se recuperar quando o livro veio a lume. Nos Estados Unidos, foi visto como uma fantasia de horror quase cômico voltada contra o comunismo da hoje extinta União Soviética, então sob o comando de Stálin e seu Partido único e inquestionável. No entanto, superando todas as conjunturas históricas - e até mesmo a data futurista do título -, a obra magistral de George Orwell ainda se impõe como uma poderosa reflexão ficcional sobre os excessos delirantes, mas perfeitamente possíveis, de qualquer forma de poder incontestado, seja onde for."



"O maior escritor do século XX." - Observer


"Obra-prima terminal de Orwell, 1984 é uma leitura absorvente e indispensável para a compreensão da história moderna." - Timothy Garton Ash, New York Review of Books

" A obra mais sólida e mais impressionante de Orwell." - V. S. Pritchett



Filme homonimo produzido também em 1984 com 
John HurtRichard BurtonCyril Cusack.