segunda-feira, 30 de novembro de 2009

22 - O idiota


22 - Fiódor Dostoiévski; O idiota; Martin Claret; 2006; 678 páginas – Período de leitura: 23/11/09 – 13/01/10 


Sinopse da editora:
"Dostoiévski é considerado o maior escritor russo de seu tempo. É autor de várias obras-primas. O Idiota começou a ser redigido em 14 de setembro 1867 em Genebra, Suiça, e foi concluído a 25 de janeiro de 1868, em Florença, Itália. A obra teve uma elaboração difícil e torturada. Em meio ás piores dificuldades, foi escrita e reescrita muitas vezes até a redação definitiva. A obra foi inspirada na figura de Dom Quixote, de Cervantes. O Idiota é, talvez, o romance mais típico de Dostoiévski, provocou perplexidade nos meios intelectuais da época. a obra foi elogiada por Tolstoi, que a achou de grande força dramática e beleza literária."

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

21 – Narrativas do espólio


21 – Franz Kafka; Narrativas do espólio; Cia das Letras; 2002; 224 páginas – Período de leitura: 16/11/09 – 23/11/09 


                                                              O mestre-escola da aldeia
Blumfeld, um solteirão de meia idade
A ponte
O caçador Graco
Durante a construção da muralha da China
A batida no portão da propriedade
O vizinho
Um cruzamento
Uma confusão cotidiana
A verdade sobre Sancho Pança
O silêncio das sereias
Prometeu
O brasão da cidade
Posêidon
Comunidade
À noite
A recusa
Sobre a questão das leis
A prova
O abutre
O timoneiro
O pião
Pequena fábula
Volta ao lar
A partida
Advogados de defesa
Investigações de um cão
O casal
Desista
Sobre os símiles
Sinopse da editora:
"O escritor tcheco Franz Kafka viu apenas a sexta parte de toda a sua produção ficcional ser publicada. Pouco antes de morrer, confiou sua herança artística ao amigo e testamenteiro Max Brod. As instruções do escritor eram claras: destruir toda a sua ficção impressa (exceto o livroContemplação), seus artigos publicados em jornal e também seus manuscritos. Brod não atendeu a essas exigências e, graças ao seu empenho em preservar os escritos do amigo, hoje conhecemos uma das mais importantes realizações literárias do século XX.
As obras do espólio começaram a vir à luz com a publicação dos grandes romances: O processo, O castelo e América (hoje O desaparecido). Vieram em seguida, a partir de 1931, as Narrativas do espólio, selecionadas por Brod entre as que lhe pareciam resolvidas formalmente. O volume reúne 31 textos diversos, que variam de tamanho e de feição - o termo "narrativas" era empregado pelo escritor para designar textos que iam da fábula ao aforismo, da reflexão à paródia, do épico à ficção crítica. Como afirma o tradutor Modesto Carone no posfácio, as narrativas curtas que constituem o volume não apenas estão no mesmo nível dos grandes romances kafkianos, como O processo e O castelo, como "garantiriam a Kafka, por si sós, um lugar privilegiado na literatura mundial"."

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

20 – A construção / Um artista da fome


20 – Franz Kafka; A construção / Um artista da fome; Cia das Letras; 1998; 115 páginas – Período de leitura: 07/11/09 – 16/11/09 


Sinopse da editora:
"As narrativas reunidas neste livro - quatro contos e uma novela - estão entre as mais fortes e originais escritas por Kafka no fim da vida. Carregadas de experiência, humor e mistério, elas chegam até nós com o brilho da meditação poética que encontrou a forma artística plena. Assim é que clássicos como O artista da fome e Josefina, a cantora, bem como Primeira dor e Uma mulher pequena, há mais de meio século participam do repertório universal do conto contemporâneo com o crédito devido às obras-primas. Complementa o volume a novela A construção, densa e sombria, considerada por muitos o verdadeiro testamento literário."

sábado, 7 de novembro de 2009

19 – Um médico rural


19 – Franz Kafka; Um médico rural; Cia das Letras; 1999; 83 páginas – Período de leitura: 06/11/09 – 07/11/09 


Sinopse da editora:
"Todas as listas que elegem os melhores escritores do século incluem Franz Kafka (O processo, A metamorfose). Elaboradas por publicações comuns ou especializadas em literatura, elas refletem uma unanimidade rara: Kafka mudou nossa concepção de linguagem literária e criou efetivamente uma perspectiva nova para encarar o mundo. O médico rural é uma das poucas coletâneas que ele publicou em vida. São catorze narrativas que variam bastante em extensão. O vínculo mais imediato entre elas é a convivência do enigma com a escrita clara e da ironia com a expressão lírica. A tradução é do crítico e professor de literatura Modesto Carone".

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

18 – O veredito / Na colônia penal


18 – Franz Kafka; O veredito / Na colônia penal; Cia das Letras; 1998; 84 páginas – Período de leitura: 05/11/09 – 06/11/09 


Sinopse da editora:
"O veredicto e Na colônia penal são duas obras-primas que nos levam ao coração da fantasia kafkiana e nos mostram até que ponto a literatura é capaz de varrer para longe toda imagem ue tenhamos de um mundo bom. Na primeira novela, um comerciante que assumiu a direção dos negócios em virtude da velhice do pai enfrenta o dilema de comunicar ou não seu noivado a um amigo que emigrou para a Rússia. Na segunda novela, Na colônia penal, um observador estrangeiro assiste aos preparativos de uma cerimônia de tortura e execução. Além dele e do próprio condenado, participam da cena apenas um soldado e o oficial encarregado de ministrar a justiça, o que será feito com o auxílio de uma máquina expressamente concebida para que cada condenado sinta na carne o peso e a especificidade da sentença que recebeu."

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

17 – Contemplação / O foguista


17 – Franz Kafka; Contemplação / O foguista; Cia das Letras; 1999; 100 páginas – Período de leitura: 03/11/09 - 04/11/09 


Sinopse da editora:
Para traduzir o título do primeiro livro publicado por Kafka, Modesto Carone preferiu a palavra contemplação (em vez demeditação ou consideração, por exemplo). A escolha evoca uma característica comum aos dezoito textos que compõem a obra: em todos eles o olhar do observador, seja ele narrador em primeira ou em terceira pessoa, concentra-se no estado em que as coisas se apresentam ao serem observadas.
Quem contempla mergulha numa espécie de presente contínuo. Ignora o passado das coisas, a história que as tornou o que são agora, neste instante. Ignora também o futuro; não projeta, não cria expectativas, não concebe planos para influir sobre o que elas são neste momento. Contemplar é um modo de observação que exclui o desejo e a necessidade de agir sobre as coisas.
Não interrogando nem o passado nem o futuro, os narradores e personagens de Contemplação tornam-se especialmente persuasivos. Movimentam-se no mundo como se fosse eterna a duração do status quo. Mesmo em textos como "Os que passam por nós correndo", "Decisões" ou "Desejo de se tornar índio", o que parece constituir-se como pensamento especulativo traduz antes uma adesão empática ao estado imediato das coisas, como se quem observa (a si mesmo ou ao que lhe é exterior) desconhecesse a passagem do tempo - e, portanto, não soubesse discriminar ou supor relações de causalidade. Já acompanhamos aqui uma das linhas de força da literatura kafkiana: a "naturalização do absurdo", para usar a expressão de Modesto Carone.
Em O foguista, o arroubo juvenil de um rapaz de dezessete anos desencadeia um simulacro de julgamento em que a noção de justiça será confrontada com os imperativos da disciplina. No entanto, esse embate se dilui quando surge para o rapaz uma perspectiva inesperada de felicidade individual. Criando coincidências, entrelaçando abruptamente situações e sentimentos que uma compreensão realista manteria distantes, Kafka materializa, também aqui, um pouco daquela estranha lógica que nos faz observar o mundo com espanto.
Contemplação, o primeiro livro publicado por Kafka, foi lançado no final de 1912; possui textos que chegam a datar de 1903, quando o autor tinha vinte anos - e é surpreendente como o talento do grande mestre universal já está presente aqui. A novela O foguista - um trabalho de qualidade literária excepcional - foi publicado por Kafka em 1913, como peça autônoma, embora se tratasse do primeiro (e mais célebre) capítulo do romance O desaparecido, até hoje incorretamente denominado América.